Erosão no Júlio de Mesquita – rua atingida recebeu asfalto
quinta-feira, 19 de março de 2020

Depois da recomposição e da estabilização da área atingida por erosão, devido a uma movimentação atípica de terra, a rua João Batista Machado, localizada no Conjunto Habitacional “Júlio de Mesquita Filho”, zona oeste da cidade, foi recuperada e pavimentada, com as intervenções sendo concluídas na última sexta-feira (13), visto que o seu asfalto apresentou rachaduras após o incidente ocorrido no final do mês de setembro do ano passado.
O trabalho de pavimentação e implantação de novas guias, num trecho de 80 metros de extensão da via danificada, foi executado pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba e Secretaria de Conservação, Serviços Públicos e Obras (Serpo), movimentando cerca de vinte trabalhadores, caminhões, máquinas e equipamentos de apoio próprios para essa intervenção. No total, foram 640 metros quadrados de massa asfáltica aplicada.
Desde que a erosão ocorreu, equipes do Departamento de Drenagem da autarquia trabalham na área, movimentando terra, recuperando e redirecionando o sistema de drenagem de águas pluviais, e estabilizando o local, que de acordo com o diretor-geral, engenheiro Mauri Gião Pongitor, é um fundo de vale atravessado por um afluente do córrego Itanguá, que apresenta solo com característica arenosa.
A autarquia vai dar por encerrada as suas intervenções nesta semana, com o plantio de grama e braquiária para a contenção do talude existente junto à rua atingida. As duas famílias que foram retiradas de suas residências, como medida preventiva estabelecida pela Defesa Civil Municipal, continuam morando em imóveis alugados pelo Saae.
Técnicas empregadas
Num primeiro momento e de forma emergencial, quando a erosão ocorreu, as equipes de trabalho do Saae e da Prefeitura se concentraram na estabilização do solo junto à via afetada, para afastar o risco da erosão atingir outros imóveis existentes nas imediações. Passado esse momento crítico, o Departamento de Drenagem da autarquia deu início às intervenções visando à recuperação e estabilização da área atingida como um todo.
Na parte baixa do vale, junto ao córrego, foi utilizada a técnica de enrocamento, que consiste na proteção, com grandes pedras, dos pontos do talude que apresentavam sinais de desestabilização, e em seguida ocorreu a reconstrução do sistema de lançamento de águas de chuva que deságuam na área verde existente, e que convergem para o córrego, além da recomposição dos taludes.
Essa recomposição do sistema de águas pluviais da área atingida apresentou duas frentes de trabalho: um trecho com extensão de 45 metros, onde foram utilizados tubos de concreto de 1,50 metro de diâmetro, e a outra linha com 60 metros de extensão e tubos de 800 milímetros de diâmetro.
Na conclusão, o trabalho se deslocou para a parte alta do vale, a partir do nível da rua atingida, com a implantação de uma técnica denominada berma, que consiste em dar forma de escada ao talude, implantando degraus em sua estrutura, para que as águas de chuvas percam velocidade e diminuam o impacto sobre o terreno e para que a pressão sobre o talude também seja menor, protegendo-o de novos desmoronamentos.