Maior ETE da cidade atinge 60% da ampliação

sexta-feira, 22 de novembro de 2019


As obras de ampliação da Estação Tratamento de Esgoto Sorocaba 1 (ETE S-1), a maior do sistema mantido pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), atingiram os 60%, superando a previsão inicial do cronograma de evolução, que determinava 50% para este mês de novembro.

Iniciadas em março de 2018, as obras deverão ser concluídas até o final de 2020, e refletirão em maior eficiência no tratamento realizado na unidade, além de ampliação em 13% do volume de esgoto processado.

O investimento total da obra é de R$ 59,2 milhões, dos quais R$ 38,9 milhões são a fundo perdido (sem a necessidade de pagamento por parte da Prefeitura e Saae), com repasse do Orçamento Geral da União (OGU), e contrapartida da autarquia de R$ 22,3 milhões, por meio de financiamento do Banco do Brasil.

A ETE S-1 trata 44% do esgoto gerado em Sorocaba e a necessidade de sua ampliação era urgente, pois primamos pela eficiência do tratamento que realizamos, e que procuramos manter sempre acima dos 90%. Com o crescimento da cidade e o maior volume de esgoto chegando na estação, essa eficiência ficaria prejudicada caso essas obras não fossem executadas. Vamos então, com essas intervenções, duplicar a estrutura física e de equipamentos inicialmente existente, conseguindo assim não apenas manter, mas também ampliar a eficiência da unidade”, explica Mauri Pongitor, diretor-geral do Saae.

Unidades duplicadas

Ainda de acordo com o diretor-geral da autarquia, a parte civil das obras está quase concluída e obedecendo o projeto executivo, todas as instalações e unidades de tratamento da ETE S-1 estão sendo duplicadas.

Desta forma, na estação já foram levantados mais uma unidade de tratamento preliminar; três novos decantadores primários; três novos decantadores secundários; três novos tanques de aeração; uma nova casa de sopradores e mais uma unidade de secagem de lodo.

Instalada no final da avenida 15 de Agosto, margem direita do rio Sorocaba a partir da ponte do Pinga-Pinga, a ETE S-1 trata atualmente o esgoto produzido por uma população estimada em 200 mil habitantes, residente em bairros das zonas Sul, Leste e Centro de Sorocaba.

São 650 litros de esgoto sendo tratados por segundo, ou 56 milhões litros de esgoto por dia e 1,6 bilhão de litros por mês, que geram uma carga orgânica de 20 toneladas, e que passará a ser de 26 toneladas a partir do término da ampliação.

Sem produtos químicos

O processo de tratamento empregado na ETE S-1, e nas demais unidades de tratamento de esgoto de Sorocaba (S-2; Pitico, Itanguá, Aparecidinha, Quintais do Imperador e Ipaneminha) é o de lodos ativados convencional, sem a utilização de produtos químicos, que consiste em manter a biomassa (lodo/micro-organismos) o mais tempo possível no sistema e com isso gerar menos oxigênio para os micro-organismos, o que faz com que se utilizem da matéria orgânica (esgoto) para a sua manutenção, e desta forma, a grosso modo, os micro-organismos digerem o esgoto.

As etapas do tratamento incluem gradeamento mecanizado, medição da vazão afluente, desarenadores mecanizados, decantadores primários, tanques anóxicos, tanques de aeração, decantadores secundários, recirculação do lodo, desidratação de lodo e tratamento do lodo.