Ações do Saae contribuem para a redução de alagamentos na cidade

sexta-feira, 5 de julho de 2019


Nos últimos dias, a chuva em Sorocaba atingiu acumulado de 108,4 mm (cada 1 milímetro equivale a 1 litro de água por metro quadrado), de acordo com dados da Defesa Civil, muito mais que os 46,2 mm esperados para o mês de julho inteiro, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Metereologia). Apesar do volume alto de chuva, a região do Parque das Águas, Rua 15 de Agosto e Avenida Dom Aguirre não apresentaram nenhum ponto de alagamento. Um dos fatores que contribuem para que não ocorra alagamentos nessa região é um conjunto de ações realizadas pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae Sorocaba).

O prefeito José Crespo explica que sua gestão busca intensificar ações que melhorem a qualidade de vida do sorocabano. “O Saae tem feito um importante trabalho de prevenção aos alagamentos que costumavam prejudicar a vida do sorocabano, principalmente na região da Avenida Dom Aguirre, e também se preocupa em dar continuidade a importantes trabalhos realizados em gestões passadas com intuito de reduzir essas situações em Sorocaba.”

Uma das importantes ações realizadas pela Autarquia é a remoção de bancos de areia nas margens do Rio Sorocaba, frisa o diretor geral do Saae, Ronald Pereira da Silva. “Demos início a este trabalho em 2017 na região da Ponte Pinheiros e, desde então, estão sendo removidos bancos de areia ao longo do rio, com o objetivo de contribuir para a redução da incidência de transbordamento no entorno do Parque, já que possibilita maior capacidade de vazão naquele trecho”, garante Ronald.

Os bancos de areia são sedimentos naturalmente trazidos pela água do rio, como areia, terra e outro sólidos que vão se acumulando nos trechos de curva, explica o Diretor Operacional de Esgoto, Rodolfo Barboza. A remoção dos bancos de areia é um trabalho preventivo feito pelo Saae, que realiza a limpeza e recomposição das margens do rio, sendo essencial para proteger a calha do “afunilamento” do rio e evitar erosões, evitando assim os alagamentos. “Esses bancos afunilam a calha do rio, reduzindo a capacidade de vazão e provocando erosões nas margens. O fim do afunilamento promove a melhora no escoamento da água do rio, surtindo efeitos positivos, principalmente nos períodos das chuvas”, enfatiza Barboza.

As quatro estações elevatórias de águas pluviais que margeiam o rio Sorocaba também contribuem para a prevenção de alagamentos, melhorarando o escoamento das águas de chuva pelo rio Sorocaba.

O diretor geral explica que a função das estações elevatórias de águas pluviais é bombear para o leito do rio todo o volume de água da chuva captado pelo sistema de drenagem em pontos que estão em altitude mais baixa do que a margem do rio. “Essas estações estão instaladas em pontos estratégicos, como na Praça Lions; nas proximidades da ponte Francisco Del’Osso; na Bacia de Contenção Abaeté, ao lado do Parque das Águas e na avenida Juvenal de Campos”, cita Ronald.

Essas estações elevatórias são complexas estruturas compostas por área de reservatória de água pluvial, equipadas com bombas e potentes geradores de energia elétrica para garantir o funcionamento caso haja queda de energia, além do sistema automático de acionamento das bombas conforme o nível da água no compartimento de reservatório, além da possibilidade de ligá-las rapidamente e com facilidade em seus modernos painéis.

O sistema de bombeamento do Piscinão do Abaeté foi acionado na quinta-feira (5), permanecendo nesta sexta-feira em operação, retirando água do Piscinão e enviando ao Rio Sorocaba.

RDC ÁGUA VERMELHA – A implantação do Reservatório de Detenção de Cheias Água Vermelha é uma obra imprescindível para deter os alagamentos na região do Jardim América, Vila Jardini, Jardim dos Estados, Jardim Paulistano e Jardim Embaixador. O diretor geral do Saae explica que com a implantação do RDC, os alagamentos constantes naquela região finalmente acabaram. “As obras do RDC Água Vermelha consistem na implantação de duas bacias de contenção interligadas, visando a eliminação de pontos de alagamentos registrados em períodos de fortes chuvas nos cruzamentos das avenidas Washington Luiz com Capitão Bento Mascarenhas Jequitinhonha; Washington Luiz com Comendador Pereira Inácio; e Barão de Tatuí com Abrão de Mahuad.”

O diretor operacional, Rodolfo Barboza, conta que desde a entrega da primeira bacia, em dezembro de 2017, os alagamentos cessaram naquela região. “É importante frisar que as obras estruturais da segunda bacia já estão concluídas e o sistema está em plena capacidade funcional, eliminando os pontos de alagamentos de vias, as interdições do tráfego de veículos e demais ocorrências verificadas em situações como essa”, explica Barboza.